A Fla-Glória é a Primeira Embaixada da Nação no estado de Sergipe, representante oficial do Flamengo no Estado, desenvolve atividades reacreativas e socias no Municipio de Nossa Senhora da Glória e região, elevando ainda mais o nome do Mais Querido do Brasil.

Fla-Glória -Embaixada da Nação

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Como quando do mar tempestuoso


Não sei se vocês concordam comigo, mas tá rolando um clima de transformar o Flamengo numa esculhambação maior do que talvez ele seja. E não é de hoje. Vejam bem, existe medida pra tudo. Objetivamente, os problemas governamentais do Fla são tão extensos e bem conhecidos que não preciso ensaiar uma lista, você já a conhece. Mas estou captando uma pegada mais agressiva, quase transformando o Mengão em sinônimo de algo degenerado. É como aquela velha anedota do esquerdista tão esquerdista que acabou chegando ao lado direito. Há críticas que partem duma perspectiva justa e acabam por jogar fora a água e o bebê junto. Tentem ler uma matéria sobre o Flamengo que não tenha palavras como “balada”, ou “ex-jogador que afirma ter salários em aberto”. Só no Flamengo existe isso? Quer dizer, tenho alguma razão ou estou mandando mal?
E por que estou dizendo isso? Porque se há um ator social capaz de quebrar esse ciclo de má gestão e achincalhe na imagem pública é a torcida. Torcer pelo Flamengo! Não caiam na onda de quanto pior, melhor. Não! Quanto pior, pior! Que caia Joel, Ronaldinho (um tolo, que se aceitasse receber metade do salário já tiraria pressão monstro da panela), Patrícia, todo mundo. Mas achar que perder jogo, ser eliminado, é o que fará as coisas mudar, meu amigo, não posso concordar. Que torcida é essa? Cresci vendo o Fla como uma força vital, um clube querido, com uma torcida calorosa e acolhedora. Por isso todo mundo sempre quis jogar aqui. Por isso sempre fomos tão longe. Podemos ir mais, melhorando e cuidando do nosso clube, nos associando, participando das decisões importantes. Fazendo dele nossa imagem e semelhança, tendo orgulho disso.
Não sei se a vitória contra o time da homenagem ao colonialismo escravocrata vai provocar grandes mudanças. Mas pelo menos o meu dia ficou bem mais maneiro.
E não sei qual é o clima da Nação, mas pra quinta-feira vou vestir meu traje de vitória. Aqueles caras vão empatar e nós venceremos. A certeza é tanta que, sem hesitar, deixarei de lado o show da primeira banda punk inglesa a gravar um disco, The Damned. Esses ingleses, que tocarão no mesmo dia e hora da partida (maldição!), mataram novamente a charada que Camões já havia liquidado em “Como quando do mar tempestuoso”. O sujeito foi ao mar revolto, se deu mal, naufragou, entrou numas de que tava traumatizado mas, ao sentir que poderia dele tirar novo fruto (pro sujeito do Camões, o amor de uma gatinha provavelmente alucinante e pro Damned a nova rosa que chegou na cidade que de tão maravilhosa o narrador acha não a merecer), se lançou sem medo de ser feliz.
Se tem um traço de chance, o Flamengo deve tentar, tentar e tentar com vontade. Que tal?
Rondi Ramone acha que dá tranquilo pra torcer pelo Flamengo dentro e fora de campo ao mesmo tempo.


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