Mengo Meu Dengo FLA Over

Mengo Meu Dengo
FLA Over

Com o pedido de demissão do grande Zico, o Flamengo acabou hoje. Não o Flamengo esportivo que será eterno e movido por nossa intensa paixão. Digo que ACABOU de vez o Flamengo-clube, instituição associativa dominada por verdadeiros RATOS de porão.

Sou pacifista e apesar de tantas insanidades cometidas pelo homem, ainda prefiro acreditar nas pessoas. Porém, na minha condição humana, não me refuto a declarar: tenho verdadeiro ASCO por esse elemento chamado “Capitão” não-sei-lá-quenzinho. Não o conheço pessoalmente, mas tudo o que li e ouvi a seu respeito até hoje (desde a época na qual o mesmo era comparsa do presidente do impeachment) não posso ter outro sentimento pelo mesmo a não ser este.

E ele é uma espécie única no clube? Lógico que não. Se o mesmo não tivesse os seus IGUAIS que o acobertassem e o protegessem, não teria tanto poder no Flamengo e há tanto tempo. Na gestão anterior não foi diferente e todos nós sabemos o quanto o então presidente Márcio Braga sofreu com as sabotagens desse espúrio.

Enfim, a saída prematura de Zico (a quem muito devemos o Flamengo ter chegado aonde chegou) representa o fim do sonho de termos o clube higienizado e dedetizado, dando fim às ratazanas que só trazem o mal à instituição. Daí o ataque desleal, traiçoeiro e covarde das vis criaturas ao que é mais sagrado ao Galinho, a sua honrada família.

Definitivamente é com tristeza que constato: o Clube de Regatas do Flamengo NÃO TEM MAIS JEITO, nunca terá... a não ser que os párias fossem dizimados politicamente e em seguida expulsos pelas portas dos fundos da Gávea. Mas isso é UTOPIA, porque há o claro interesse de várias correntes de o INFERNO DE DANTE continuar do jeito que está: cheirando a enxofre.

Agora só nos resta o Flamengo metafísico, simbolizado pelo Manto nas disputas esportivas. Inspirador e apaixonante. E a Nação Rubro-Negra, que não precisa desse flamengo de tantos “donos”, desmandos e tão contaminado, porque tem o seu próprio Mengo para amar. Um Mengo livre que pertence à sua torcida e não precisa de tão ignóbeis dirigentes (?) para existir.

Luiz Hélio é Flamengo (muito por causa de Zico), poeta e jornalista.